O município do Rio de Janeiro teve um aumento de 857% nos casos de dengue até março em comparação com 2010. Apesar das autoridades estarem vigilantes para Pedra de Guaratiba que teve uma taxa de 941,2 casos da doença para cada 100 mil habitantes e Barra de Guaratiba com 531,8 casos por 100 mil, toda região está sendo afetada pela doença e já ocorreram casos isolados em Ilha de Guaratiba e Jardim Maravilha segundo levantamento do Portal, apenas ainda não entraram nas estatísticas como é o caso das áreas endêmicas, apesar da Secretaria de Saúde ainda não ter classificado como epidemia.
Segundo as autoridades de saúde, os números elevados de casos da doença no início de 2011 não configuram uma epidemia e são baixos se comparados com os números de 2008 quando o surto da doença foi declarado como epidemia. Os anos considerados epidêmicos foram de 1993, 2002 e 2008.
- "Estamos em estado de alerta na cidade toda, mas este quadro já era esperado por causa do vírus tipo 1, que voltou e deixou vulneráveis as pessoas com menos de 25 anos. A boa notícia é que taxa de letalidade da doença diminuiu, embora o ideal é que ela fosse zero", disse o coordenador de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde do Rio, Marcos Ferreira
É fácil estabelecer as correlações existentes entre os bairros da região de Guaratiba, e deduzir que as condições sanitárias de todos são mais ou menos idênticas e o que ocorre com um bairro pode se alastrar por toda a região. Os bairros não têm drenagem de águas pluviais ou se existe é precária, não tem saneamento básico e não tem fornecimento de água no verão, o que levou a população a armazenar água em tonéis e caixas de água improvisadas nos primeiros meses do ano.
Dessa forma fica fácil a proliferação do mosquito, e o grande número de casos de dengue na região já era esperado pela Prefeitura, pois as autoridades de saúde já haviam identificado a volta do virus tipo 1 em 2010 que andava desaparecido desde 1986 assim, praticamente toda a população mais jovem, com menos de 25 anos está mais suscetível a contrair a doença, pois ainda não adquiriu imunidade. Confirmando essa avaliação foi constatado que mais da metade dos casos notificados é de pessoas com menos de 15 anos. Conversando com o Sr. Taneo proprietário de uma padaria no Piraquê, soubemos que ali existem vários casos de pessoas infectadas e que apesar das autoridades desconfiarem de que haveria esse surto, a Prefeitura somente no início do ano, em janeiro, por uma ou duas vezes andou aplicando o fumacê "manual" na área.
A explicação fornecida pela prefeitura para a redução das ações de combate ao mosquito é de que são necessários 2500 agentes para a cidade do Rio de Janeiro e em 2010, para completar esse número, os 1.100 agentes de endemia contavam com a ajuda de 1.300 bombeiros, que auxiliavam no combate aos focos do mosquito, perfazendo um total de 2400 profissionais, e no fim do ano passado o Governo do Estado precisou realocar esses bombeiros em outras cidades, desfalcando a força tarefa no Rio. O município começou então a convocar os aprovados no último concurso, mas até agora só foram contratados 700 agentes.
Portanto, os pais de crianças, adolescentes, e de jovens até 25 anos devem, redobrar os cuidados e ficar atentos para os sintomas da doença. Os primeiros sinais são febre alta, dor nas articulações e nos músculos, fraqueza, falta de apetite, manchas avermelhadas pelo corpo, fortes dores de cabeça e dor no fundo dos olhos. Aos primeiros sintomas deve-se levar o doente ao posto de saúde para uma avaliação e encaminhamento.
Fonte (Portal de Guaratiba)
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