Aula de reciclagem


Chega de dúvidas na hora de separar os materiais para a reciclagem. Duas lixeiras em casa dão conta do recado. Descubra ainda como reduzir seu lixo e o que fazer com pilhas, lâmpadas, óleo de cozinha e outros materiais que também pedem um descarte adequado. Aproveite as dicas e fique em dia com sua consciência e com o planeta.

Que tal uma reflexão rápida: você saberia dizer quantos materiais já jogou no lixo hoje? Do início ao fim do dia, nosso ir e vir vai deixando rastros para trás: embalagens de biscoitos, de produtos de higiene, copinhos de café, sacolas plásticas, restos de alimentos, papéis e tantos outros vestígios que até perdemos a conta. Calcula-se que uma pessoa produza, em média, 1,5 kg de resíduos por dia. Todo esse peso – muito maior hoje do que algumas décadas atrás – destrói o meio ambiente e recai sobre a economia do planeta, condenada a destinar cada vez mais recursos para medidas que são apenas paliativas, uma vez que a solução definitiva está longe de aparecer.

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DESEJO ACELERA O DESCARTE
Annie Leonard, especialista em saúde ambiental, mostra em seu recente filme, The Story of Stuff (A Estória das Coisas, www.storyofstuff.com), um dado impressionante: apenas 1% dos produtos consumidos nos Estados Unidos continuam existindo seis meses após a compra. “Vivemos numa sociedade em que tudo é descartável. É preciso caminhar para uma sociedade do durável”, diz Heloísa Mello, gerente de operações do Instituto Akatu. Criar produtos de vida longa é um dos princípios do ecodesign, que preza a possibilidade de desmontá-los para troca e manutenção, evitando o descarte total. “O problema é que o modismo torna o design efêmero. Quando o consumidor vê um novo visual ou jeito de usar um produto, joga fora o que supostamente ficou inadequado, mesmo que ainda funcione”, explica o professor e pesquisador de ecodesign Antônio Eduardo Pinatti.

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A PRÁTICA DOS TRÊS RSA dica, portanto, é dar preferência a produtos mais duráveis. “Resistir à moda de trocar o celular em menos de dois anos, por exemplo, como faz a maioria dos brasileiros, é outra atitude que ajuda bastante”, diz Heloísa Mello. No dia-a-dia, minimizar o impacto de seu lixo na natureza envolve três lições básicas: 1) reduzir a quantidade de resíduos (veja algumas dicas no quadro à direita); 2) reutilizar materiais, transformando papéis usados em blocos de anotações ou sacolas plásticas em recipientes para o lixo orgânico; e 3) reciclar o que pode ganhar vida nova se for separado adequadamente e destinado à coleta seletiva.

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COMO TRATAR OS RECICLÁVEIS
Separar os recicláveis é mais simples do que parece. Entram nessa lista os plásticos em geral, papéis, vidros e metais (latas de bebidas e alimentos). “Não precisa colocar cada grupo em cestos distintos. Essa triagem é feita pelas cooperativas do setor. Basta separá-los do lixo orgânico. Ou seja, duas lixeiras bastam”, diz André Vilhena, diretor executivo da ONG Cempre (Compromisso Empresarial para a Reciclagem). Remova restos de comida ou outro produto com uma colher ou guardanapo usado. “Uma dica é, ao lavar a louça, colocar as embalagens no fundo da pia e depois passar um fio de água”, ensina Vilhena. Compactar as embalagens poupa espaço em casa e otimiza o transporte. “No caso dos vidros, evite quebrá-los e proteja-os com jornal ou caixa de papelão”, lembra Roberta Martins Saviolo, técnica de reciclagem da Abividro (Associação Brasileira da Indústria de Vidro). Se possível, identifique-os com caneta para evitar acidentes com os catadores.

A DESTINAÇÃO DOS ORGÂNICOS
Nas cidades, o lixo orgânico representa de 40 a 60% do total de resíduos. São restos de comida, folhas e podas de jardim.
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